A ordenação de mulheres na Igreja Anglicana
não é uma coisa intempestiva, na verdade é um processo que teve início
há muito tempo. Florence Li Tim Oi, da Igreja de Hong Kong, foi a
primeira mulher ordenada ao presbiterado na Comunhão Anglicana, em 1944.
No Brasil, a primeira mulher a ser ordenada foi a Revda.
Carmen Etel Alves Gomes, em 1985. Atualmente a Revda. Carmen é
responsável pela Catedral de Santa Maria, em Belém.
Nossa compreensão é que as restrições
impostas as mulheres nas Escrituras são expressões culturais próprias da
época em que foram escritas, mas a perspectiva cristã é a da inclusão de
todas as pessoas, como escreveu o apóstolo Paulo: “Não há judeu nem
grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher; porque todos
vós sois um em Cristo Jesus” (Gálatas 3:28).
A presença da mulher nas instâncias de decisão (poder) da Igreja tem consolidado uma experiência de humanização das relações e aberto novas perspectivas para a pastoral cristã. Todavia é preciso dizer que essa não é uma questão pacífica, existem províncias e dioceses na Comunhão Anglicana que ainda se posicionam de forma contrária ou que admitem mulheres em apenas algumas das três Ordens Sagradas.