quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Mensagem da Câmara Episcopal da IEAB sobre as Eleições Municipais



Quando os justos se engrandecem, o povo se alegra, mas quando o injusto domina, o povo geme.
Provérbios 29:2
Após a conclusão de um processo de impedimento de fraca consistência contra a Presidenta da República, o país vive um tenso momento de confronto politico entre forças opostas que buscam retomar, por um lado, um caminho de um Estado voltado para o povo e, por outro, um Estado que amplia certamente privilégios para os mais favorecidos.
Neste contexto conturbado nos encontramos às portas das eleições municipais. Lembremos que a esfera municipal se torna o espaço de disputa para garantir base política mais forte que sustente, seja de um lado, ou de outro, o projeto político para o país que daqui a dois anos será submetido à prova de novo, com as eleições para governos estadual e federal.


Todos nós sabemos que as disputas municipais pouco têm a ver com programas realmente municipais. Em síntese, a disputa municipal reproduz os interesses e projetos construídos na esfera federal. A fragilidade econômica dos municípios é fato incontestável. Não há sustentabilidade fiscal suficiente para a maioria dos municípios gerirem seus programas e cumprirem com suas responsabilidades.
Recomendamos alguns parâmetros para a escolha de pessoas como vereadores(as) e prefeitos(as) a ser considerados pelo povo episcopal anglicano e por todas as pessoas de boa vontade:
•           Valorizar seu voto e entender que ele é instrumento legítimo de construir uma sociedade mais justa e solidária. Além do que é um instrumento valioso do testemunho de nossa fé.
•           Filtrar com sabedoria a relação entre propaganda política e perfil de candidaturas baseado na coerência de vida e de ações dos candidatos na sua relação com o interesse das pessoas mais pobres. À exemplo de Jesus, nosso voto nunca não deve dado a candidaturas que promovam a exclusão das pessoas mais pobres ou de propostas que acabem com políticas de inclusão social.
•           Avaliar se os candidatos apresentam propostas que realmente apontem para um projeto de gestão municipal diretamente ligada ao cotidiano de nossas cidades, com especial atenção aos serviços públicos de saúde, educação, transporte público e todos os que garantam a qualidade de vida à população..

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Campanha Primavera para a Vida 2016

Quando entrar setembro
E a boa nova andar nos campos….


Amigas e amigos da CESE!
É com muita alegria que fazemos contato para apresentar a Campanha Primavera para a Vida 2016.
Desde o ano 2000 realizamos esta Campanha que já se tornou uma tradição. Durante todos esses anos, os temas abordados expressaram o nosso compromisso de estimular e contribuir com as igrejas em suas reflexões e posicionamentos em favor da afirmação e defesa da Justiça, Paz e Integridade da Criação. Lá se vão 16 anos! E para refrescar a memória, apresentamos os temas já trabalhados:
·       2000 Vamos Juntos Semear Justiça
·       2001 Semear Solidariedade e Paz
·       2002 Pão e Paz
·       2003 Juventude e Paz
·       2004 Cidade de Paz
·      2005  Mulheres e homens construindo cidades de paz
·      2006 Direitos e Justiça para a Paz
·       2007 Direitos e Justiça: uma Ação para Crianças.
·       2008 Direitos e Justiça
·       2009 Cuidar da nossa Casa Comum a Terra
·       2010 Justiça ambiental
·       2011 Justiça ambiental na perspectiva de direitos
·       2012 Direitos humanos, desenvolvimento e Justiça
·       2013 Direitos humanos, desenvolvimento e Justiça
·       2014 O bem que você faz muita gente compartilha
·       2015 Eu respeito a diversidade religiosa. E você?
No lançamento da Campanha do ano passado, realizamos uma Roda de Conversa sobre o tema na própria CESE. Em conjunto com o CEBI lançamos uma publicação abordando a temática. De lá para cá o tema perpassou o Programa de Pequenos Projetos e foram apoiados 14 projetos com esta temática.. E o nosso compromisso com o tema continua, pois as intolerâncias persistem.
Para este ano, o tema escolhido é: Direito à vida da juventude. Por que decidimos trabalhar com este tema? Porque, apesar do Brasil possuir uma lei que reconhece a juventude como protagonista de direitos, o Estatuto da Juventude, a existência dessa legislação não assegurou políticas públicas que contribuíssem para uma transformação significativa da situação vivida pela juventude brasileira, sobretudo, no que diz respeito ao acesso à educação de qualidade, à segurança, ao trabalho, ao lazer e à participação nos processos sociais e políticos. O dado mais gritante e desafiador para toda a sociedade é o elevado índice de violência contra jovens negros, vítimas de extermínio nas periferias urbanas.