domingo, 31 de março de 2013

Mensagens do Papa Francisco e de Bento XVI ao Primaz Anglicano Justin Welby

21/03/2013 - Rádio Vaticana



Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco endereçou uma Mensagem de felicitações e de oração recíproca ao Primaz da Comunhão Anglicana, o Arcebispo Justin Welby, por ocasião da cerimônia de entronização na Catedral de Cantuária, na Inglaterra, celebrada nesta quinta-feira. Chegou nesta data ao novo líder dos anglicanos também uma mensagem assinada por Bento XVI, uma semana antes de renunciar ao ministério petrino.
Uma dúplice extraordinária felicitação, como é também extraordinária a fase vivida pela Igreja Católica há 40 dias, ou seja, desde a declaração de Bento XVI com a decisão de renúncia ao ministério petrino e a eleição do Papa Francisco.
 
De fato, as congratulações foram recebidas pelo Arcebispo de Cantuária, Justin Welby, pelo início de seu ministério como Primaz Anglicano. Na Mensagem, o Papa Francisco confia esperar com solicitude o momento de um encontro "no futuro próximo", bem como querer "prosseguir nas calorosas relações fraternas das quais – reconhece – se alegraram os nossos predecessores".
Assegurando as suas orações ao Primaz Anglicano e, ao mesmo tempo, pedindo as orações deste, o Santo Padre agradece pelas felicitações recebidas no momento de sua eleição à Cátedra de Pedro. "O ministério pastoral é um chamado a caminhar na fidelidade ao Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo", afirma o Pontífice.
Trata-se de um aspecto sobre o qual se detém também Bento XVI na mensagem por ele assinada em 4 de fevereiro passado, por ocasião da investidura oficial do Arcebispo de Cantuária, celebrada na Catedral de St. Paul, em Londres.
Em seu escrito, o Pontífice agora emérito dá "graças a Deus" pelos laços "consolidados há dez anos" entre católicos e anglicanos e observa que o início da nova responsabilidade para o Primaz Anglicano coincide com "um momento em que a fé cristã é colocada em discussão em muitas partes do mundo ocidental por parte daqueles que defendem que a religião é um fato privado, sem nenhuma contribuição a dar ao debate público".
Apesar do "cansaço" e da "surdez difusa" em relação à fé, a "fome de Deus, embora não reconhecida, está sempre presente em nossa sociedade e a tarefa de anunciador, como mensageiro de esperança, é de afirmar a verdade com amor, lançando a luz de Cristo na escuridão da vida das pessoas" – prossegue Bento XVI.
"Que o seu apostolado produza uma colheita farta e abra os olhos e os ouvidos de muitos para a mensagem vivificante do Evangelho", conclui a mensagem. (RL)